quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Complicado



Tento expressar em palavras, sentimentos confusos causadores da minha angustia 
Complicado, porque tão complicado? 
Perguntas e mais perguntas me chateiam e, em busca das respostas me perco num labirinto sem saída, num mar de lembranças e feridas passadas.
Complicado, porque tão complicado?
Tentar compreender a razão em meio à verdade.
Esse vazio sem explicação se apodera de mim, e me tortura com esse silencio.
Esse silencio que grita em meus ouvidos, algo insano, que me enlouquece.
Palavras com seus significados rabiscados em enigmas na parede do meu quarto
Atitudes de um louco abandonado, perdido em seu mundo de dores.
Estou confusa, perdida, chateada, desanimada... Não quero fazer parte disso.
Difícil conter tais sentimentos, furacão que me domina. Mas não se preocupe... Ficarei bem.


Mikaely Montasio



Sabe o que eu penso?



As pessoas não mudam, elas continuam as mesmas. Sabe o que muda? A forma de amar. Não, não me venha com essa de “o amor sempre acaba”, pois o amor de verdade nunca acaba. Nenhuma forma de amor.
Simplesmente o amor muda. Um dia ele é aquilo que te impulsiona à se arriscar em um relacionamento, outro dia ele é somente amor por tal pessoa porque ela já se tornou parte da sua vida, só que não com antes, é algo quase insignificante, porém está e irá permanecer ali. Esse amor não é mais intenso.
E isso não é proposital e não depende só de um, têm-se que amar com reciprocidade. Alimentar aquele amor com cada sorriso dado, cada olhar trocado, cada beijo sentido... O amor não se mantém sozinho.
Penso que sim, pode se amar mais de uma vez, de formas diferentes ou não. Afinal, o amor de verdade jamais acaba, just change.

p.s. Estou falando de amor de verdade.


Istella Lira Conder


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Hey,


Eu havia me esquecido de pensar em você, de lembrar-se de tudo, dessa vontade absurda de te ligar. Só que, quando pensei em ti, tudo voltou à tona, destruindo todas as barreiras que eu aos poucos fui construindo para tentar esquecer. Só que eu não levei em consideração que pessoas e sentimentos não são como bonecas ou carrinhos que deixamos uma vez esquecidos em um canto e permanecem lá.
E agora é meio tarde para eu me perguntar como você está, se tudo está bem na sua vida, se aqueles problemas que tanto atormentavam algumas de suas noites já se foram. Agora eu já não sei mais aonde te encontrar, e tudo não passará de ser uma curiosidade minha, e isso me dói, pois sei que dessa vez eu demorei em pensar e procurar.
Eu não te culpo pelo que nos tornamos, sempre deixei isso claro, e eu espero que você lembre-se disso. Eu sinto a sua falta, amor. Sinto “mexmo”.


Istella L. Conder

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Eu odeio...


   Eu odeio ter que falar de você, odeio como invade meus pensamentos. Odeio como fala, odeio como mentes tão bem, odeio aquela sua mania tola de estalar os dedos sempre que está prestes a fazer algo, odeio o formato que sua boca faz ao exibir um sorriso de satisfação. Odeio o seu jeito de mastigar, o barulho que sua garganta faz enquanto toma algo, odeio o seu gosto musical. Odeio a sua mania de morder seus lábios, de piscar com o olho direito, de levantar a sobrancelha esquerda, odeio o seu cenho franzido, a sua risada calma e descontrolada.
Eu odeio o seu olhar em mim quando acordo, odeio a sua mão sobre a minha, odeio os seus beijos demasiadamente molhados, odeio como os seus sussurros ao pé do meu ouvido me acalmam e excitam de tal forma, odeio quando canta para mim.
    Eu odeio quando passa os seus braços por sobre a minha cintura, odeio quando me aperta contra ti, odeio os seus dedos deslizando sobre meu corpo, odeio a sua língua invadindo a minha boca, odeio os seus lábios passeando sobre a minha virilha, odeio as suas mordidas inocentes e delirantes, odeio as suas brincadeiras enquanto fazemos amor, odeio como o seu corpo se contrai quando atinge o clímax do prazer, odeio a sua respiração ofegante, os seus gemidos que não consegue segurar.
    Eu odeio como nos conectamos perfeitamente, odeio a ligação que temos ao soltar gargalhadas, odeio como os nossos olhares se completam, como o silêncio entre nós já é o suficiente, odeio como as nossas mãos se entrelaçam automaticamente, odeio como o seu sorriso de segurança acaba com as minhas lágrimas, odeio como as nossas bocas se tocam, como os nossos beijos conseguem representar uma dança sensual de nossas línguas, odeio quando completa uma frase minha, odeio os nossos corpos nus um contra o outro, odeio o prazer que só você consegue me dar.
    Eu odeio tudo isso, pois são tais coisas que alimentam esse sentimento que chega a me deixar sem ar. Odeio a necessidade de você, odeio como com você não importa se nada faz sentido, odeio como me sinto bem com tudo isso. Eu me odeio, pois tornei você parte de mim.


                                                             Istella Lira Conder

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Tricotando Desesperadamente




Eu ainda me lembro de tudo. Sim, eu mudei de lado, evolui, mas as lembranças ainda me perseguem. No torpor da noite é quando elas mais resolvem surgir. Quando meu corpo está prestes a se entregar ao sono total, como uma pancada o seu rosto vem em minha direção, com aquele sorriso cheio de dentes amarelados, mas que consegue cegar-me os olhos mesmo estando no escuro. Com aqueles lábios que um dia foi a fonte da minha insanidade. Com aquele olhar, ah, como esse olhar ainda consegue invadir minha alma e percorrer minha mente, descobrindo meus pensamentos mais impuros e obscuros...
Você fez uma promessa, disse-me que voltaria. Não sei como, não sei por que, mas, eu ainda lhe espero. O anseio que me invade tem sede do teu corpo, da tua pele, desse teu olhar que arrepia os pelos de meus poros. E eu me pergunto, onde andas? Ainda estas atrás de mim?
Odeio-me, muito, por ainda permanecer nesse mundo doentio sem a tua existência. Odeio-te, às vezes... Porque me abandonou? Eu quis ir com você, eu tentei. Mas a Morte, que inveja todos aqueles que amam sem medo dela, não me levou, não me permitiu ir. Eu batalhei contra ela, em uma tentativa em vão para me juntar a você, e hoje só me restam as cicatrizes dessa inútil e desesperada tentativa de suicídio... Mas eu fiz por amor, por você.
Ainda espero o dia do seu retorno, e nesse dia nos entregaremos a esse amor, e eu partirei com você, para viver na eternidade... Uma eternidade só sua e minha, apenas você e eu.



 (Istella L. Conder)


(Texto fictício)

Uma Realidade que me Satisfaz





Ah, os adolescentes são criaturas adoráveis de se observar... Me pego sempre a admirá-los! Sim, eles me fascinam, com o modo que levam a vida, com gostos e atitudes, com risos e choros, com amores e desamores, com disputas e brincadeiras...
Olha o modo como àquela garota sorri do que o garoto ao seu lado falou! Sim, ela está apaixonada.
É engraçado como, por gestos e sinais os adolescentes conseguem expressar sentimentos tão profundos, e às vezes tão inconvenientes. É, não há tempo mais maravilhoso e traiçoeiro que a adolescência.
Hey, querem saber por que amo observá-los?
Simplesmente é muito excitante ver como desperdiçam suas vidas, é delirante observá-los jogarem-se pateticamente para mim como se jogam no mar em dias quentes, com determinação e anseio.
É, foi para isso que eu inventei as festas e, junto desta as bebidas, as drogas, a prostituição... Continuem com essa autodemolição de suas almas, as quero, PRECISO DELAS.
Continuem com esse jogo de sedução, com esse divertimento mundano, com essa desunião e egoísmo... No fim de tudo não terá volta, vocês serão algemados e eu os trarei comigo, para o outro lado dessa curtição que tanto vivem.
Ah, não precisa ter medo, eu apenas me consumirei das suas almas.

De Luc*, com carinho.

Istella Lira Conder



Luc*: Lucífer.
(Texto fictício) 

Sabe,


É engraçado ver como as coisas acontecem ao nosso redor. Em um dia, achamos que ainda há esperança, que sim, poderemos ser felizes um dia. Mas a realidade vem à tona e nos mostra a realidade. Existe amor não correspondido, e isso é uma droga. Porque esse meu amor não correspondido só cresce cada vez mais... No começo, eu disse a mim mesma que tudo seria temporário, que esse 'tal mundo' iria permanecer em um curto tempo da minha vida. Eu estivera enganada, e muito. Esqueci por um curto tempo que nesse 'tal mundo' os sentimentos eram verdadeiros, e eu senti coisas que nunca poderia sentir fora desse 'tal mundo', eu amei, eu chorei feito uma bebê (risos), eu compartilhei de momentos contigo que é impossível deixar pra lá (até mesmo naquela noite em que chorar foi o que mais fizemos).
E hoje, ah, hoje ainda estou aqui, e sempre estarei aqui. Não importa o que aconteça, não tem como evitar. A vida criou um 'imã' entre nós que, mesmo acontecendo tantas coisas que possam fazer um de nós se afastar, sempre retorno à ti. E, acredite. Sempre retornarei a ti.
Eu poderia ficar aqui e escrever o que realmente se passa dentro de mim, todos esses sentimentos em contradição, mas, por enquanto eu só quero que tenha certeza de algo: eu preciso de ti, mexmo.

(Istella L. Conder)